10 de fev. de 2009

Gestão de Pessoas, Gestão Escolar e Novas tecnologias: muito além da gestão escolar baseada no conhecimento formal.

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Todos sabemos o quanto é importante ter um diploma de nível superior. Eu sou um dos internautas blogueiros que sente a resistência do tradicionalismo acadêmico quando alguém (gostando do meu artigo) me pergunta em que área eu fiz minha pós-graduação. Tento, e sempre tento, responder gentilmente que vou me formar em geografia neste meio do ano (julho de 2009. Quem ler este artigo depois já pode me chamar de sr. Universitário com diproma compreto....rs). Mas, enfim o mundo tem suas regras e regras são para serem cumpridas (pensou que eu ia dizer quebradas não é. Você pode e deve cumprir as regras, mas o barato esta na forma que faz isso.

Ai esta a revolução! Nos meios e não nos fins. Conheço varias pessoas que compraram carro zero, mas conheço somente uma que comprou um carro zero com dinheiro que ganhou no blog dele. Este é revolucionário o outro endividado, mas ambos compraram carro zero. No primeiro caso posso querer ate saber a financeira ou em quantas vezes a pessoa comprou (a conversa vai durar no máximo dez minutos), mas no segundo caso posso passar uma noite pedindo detalhes de como ele fez essa façanha. Eis a diferença). E o interessante é que os fins sempre se mantém (o homem sempre buscou se informar e se formar para melhor agir na sociedade e no território em que vive), mas os meios mudam radicalmente (os famosos modelos produtivos: coleta, pesca, caça, agricultura, indústria, bens de serviço e informação).

Algumas pessoas ainda continuam com os mesmos meios produtivos do homem pré-histórico (caça, pesca, coleta. Citação sem juízo de valor) e outros avançaram para meios informacionais (conhecimento, informação, educação), mas o fim continua o mesmo: sobreviver inicialmente (ganhar só para comer e pagar as contas) buscando evoluir sempre para o excedente (ganhar para viver confortavelmente expandindo o horizonte das experiências materiais). Nesta diferenciação de meios entra um monte de fatores relacionados a uma série de decisões e condiçoes materiais. Mas, enfim a questão é sobre meios e não fins. Hoje lendo a HSM Management li a coluna direto ao ponto e fiquei muito empolgado com o que li porque se refere a meios e não fins.

Vira e mexe vemos um sociólogo (nada contra meus colegas) falando que é preciso levar os jovens e a ter perspectiva e sonhar. Esta é a maior besteira do mundo para quem vive na periferia. Somente quem não vive acha isso uma frase de impacto. O jovem de periferia sonha muito mais do que um jovem de classe media porque ele tem a dura realidade batendo na sua porta todo dia. Pense no filme náufrago (filme de Tom Hanks). Ele vivia sonhando com a volta para casa justamente porque todo o conceito ideal de casa para ele (ar condicionado, carro, casa, dentista, outras pessoas, família) tinha desaparecido. Quando ele estava na sociedade (rodeado destas coisas) ele simplesmente não as via. Ora, é só fazer a analogia. Quem vive privado dos golfs e civics que passam direto na televisão é o garoto da periferia e não o boy (novamente citação sem juízo de valor, somente para ilustrar) classe media.
Claro, que ele pode ter outros sonhos mais altos, mas nada encostando na barriga dele (seja por fome, ou um buzao lotado na hora do pico ou um revolver que veio antes daquele ônibus que vc esta esperando há duas horas na saída da faculdade ou da escola). E voltando para os meios o autor da matéria Wagner Brenner (ele é dono do blog update or die) diz o seguinte a respeito de meios e fins: “uma lan house na periferia pode, de certo modo fazer mais diferença para um garoto sem oportunidades do que o ensino formal”.

Essa é uma declaração ousada e verdadeira. A escola é um fim em si mesma (não era para ser) enquanto um computador é um meio. Um aluno vai para escola para tirar boas notas, mas um jovem vai para uma lanhouse para conhecer (conhecer novos jogos, novos amigos no msn, novas pessoas no orkut ec. É eu sei disso também. Mas, você não pode negar que o componente novidade e conhecimento estão ligados a esta atividade e não estão muito presentes na outra).

Quando falamos em termos de meios (e não somente de fins: a escola tem por finalidade....) voltamos a falar de vida e se voltamos a falar de vida falamos daquilo que Vygotsky chamou de aprendizado social. E é isso que Brenner continua falando: "tudo eu a gente aprende naturalmente, sem precisar ir a escola é aprendizado informal. Foi assim que aprendemos, a falar, a andar de bicicleta, a conquistar a primeira namorada e até a trabalhar – a gente vê alguém fazendo, se interessa e aprende. Lembra do seu primeiro emprego? Você aprendeu olhando para a mesa do lado. E isso não é a verdade mais obvia do mundo? Eu tenho uma filha e vejo como ela aprende muito na infância.

E já estou alertando-a (este é o primeiro ano dela no ensino regular) que a Escola serve apenas para aprender a seguir as regras. A escola é um excelente lugar para você aprender a se enquadrar e conhecer a sociedade. Somente isso, aprendizado que é aprendizado é informal. E Brenner resume esta minha visão um pouco grotesca brilhantemente quando questiona o paradigma atual da educação (seja ela pública, privada ou corporativa). Porem há um paradigma clássico no mundo corporativo: 20% das coisas que vc aprende dentro de uma empresa vem do ensino formal e 80% do informal, embora 80% da verba seja investida no formal e 20% no informal. Esta tudo invertido.
E realmente esta tudo invertido! Gastamos muito ensinando as pessoas como as coisas deveriam ser se as pessoas fosse melhores ao invés de ensiná-las como as coisas serão quando trabalharmos juntos. A crítica (e alguns professores mais a esquerda chamam isso de pensamento crítico. falar mal e denunciar as coisas erradas é pensamento critico para eles. Mas, e a ação?) só é bem vinda quando acompanhada de uma proposta de mudança. E seguindo esse pensamento concreto, positivo, motivador, sistêmico e educador nosso amigo Brenner fala de como este paradigma clássico (retórico, ultrapassado e anacrônico) esta sendo pulverizado (e melhor não esta sendo combatido por outro pensamento acadêmico ou moda universitária) pela internet (ou pelas pessoas que compõe a internet colaborativa web 2.0).

Segundo Brenner: Pois essa possibilidade de aprender sozinho foi brutalmente potencializada pela internet. Seja la qual for o objeto de sua curiosidade, tem algum craque por ai disposto a dividi-lo com vc. São os chamados mavens, ou aficioandos. Em cinco minutos de conversa com um, vc aprende o que levaria anos para alcançar.

Agora ele poderia colocar “em cinco minutos de conversa você aprende o que levaria anos para alcançar com um professor desmotivado que reclama de tudo (salário, condições de trabalho, desvalorização, etc. E com razão. Mas, se o cara esta descontente arrume outra coisa para fazer.). A internet colaborativa (web 2.0) nos coloca frente a um novo paradigma de aprendizagem: colaborativo e informal. Nunca tivemos algo assim. A historia da educação ocidental sempre foi pautada pelo binômio mestre-discípulo ou professor-aluno.
Mas, dentro do universo da internet colaborativa o binômio cresce: professor-aluno-aluno-colega-blogueiro-msn-podcast-youtube etc. Ele também não é mais seqüencial e linear, mas é ramificado (rizomas) e não-linear. Sua curiosidade pode começar com um colega de msn-migrar para um professor da sua escola – migrar para um professor de outra escola em outro estado e chegar em um grupo de pessoas que já estudam isso em uma região bem perto da sua casa. É a rede, rede que é técnica (formada por meios de comunicação), mas é também social tal como Milton Santos (esse é geógrafo) descreveu em seu livro Natureza do Espaço.


Ainda tenho muito que explorar neste assunto que envolve Gestão Escolar, Gestão de Pessoas, Pedagogia, Psicopedagogia, Geografia, Milton Santos, Vygotsky, Paulo Freire e outros mais como Capra, Maturana e Peter Senge. Claro, Peter Drucker também! Estou escrevendo um livro sobre isso..

Acesse todas as aulas no meu site

http://www.ubiratangeo.com/.


Aula 1 – GP – A grande questão da moderna Gestão de Pessoas: desenvolver pessoas

Aula 2 – GP – Porque Organizações Inovadoras investem em Gestão de Pessoas?

Aula 3 – GP – A necessidade de superar os conflitos entre funcionários e organização: a idéia do ganha-ganha

Aula 4 – GP – Como gerar um novo contrato entre pessoas e organização: objetivos organizacionais e objetivos pessoais

Aula 5 – Gestão de Pessoas envolve toda a organização: do modelo de negócios aos recursos humanos

Aula 6 – Gestão de Pessoas : integrando e motivando os parceiros da organização

Aula 7 – Gestão de Pessoas: as pessoas como parceiros da organização

Aula 8 – Gestão de Pessoas- das pessoas como recursos para as pessoas como parceiros

Aula 9 – Gestão de Pessoas – Transformando o papel do RH dentro da organização

Aula 10 – Transformando o RH (Recursos Humanos ) em ARH (Administração de Recursos Humanos)

Aula 11 - Transformando o RH (Recursos Humanos ) em ARH (Administração de Recursos Humanos): motivação e satisfação no trabalho

Aula 12 - Transformando o RH (Recursos Humanos ) em ARH (Administração de Recursos Humanos): qualidade de vida e Meio Ambiente (desenvolvimento sustentável)

Aula 13 – Os seis processos básicos de Gestão de Pessoas: agregar pessoas e aplicar pessoas

Aula 14 – Os seis processos básicos de Gestão de Pessoas: processo de recompensar pessoas e processo de desenvolver pessoas

Aula 15 – Os seis processos básicos de Gestão de Pessoas: processo de manter pessoas e o processo de monitorar pessoas.

Aula 16 – Gestão de Pessoas é uma nova forma de abordagem: equipes multidisciplinares

Aula 17 – Gestão de Pessoas: criando um ambiente dinâmico e competitivo através da Gestão de Pessoas

Aula 18 – Gestão de Pessoas: para enfrentar o novo cenário competitivo no mercado globalizado é preciso alterar a estrutura tradicional de organização que é da década de 1950

Aula 19 – Gestão de Pessoas: a evolução do modelo organizacional centralizado para o modelo descentralizado até a década de 1990 – enfatizando a comunicação

Aula 20 – Gestão de Pessoas: o modelo organizacional do século XXI – a ênfase na circulação da informação para a geração de conhecimento.

Aula 21 – Gestão de Pessoas: a diferença entre Gestão de Pessoas do século 21 para o RH do século 20







2 comentários:

  1. iashuashuasiaushausi q cara burro bateu numa FERRARI vai morre pagando o prejuízo __'
    se for alguem do blog q bateuu foda se é mtooo burro batia num fusca porra!

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  2. Vamos ter Palestras e Conferências sobre o assunto aqui na Radioblogtv! Seminário online! Faça sua inscrição! Vc vai poder perguntar e questionar! tudo online! Mande e-mail: radioblogtv@gmail.com

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