1 de jul. de 2009

O sucesso pode matar, mas o que mata mesmo é o excesso de ações sem foco afirma Jim Collins

Muito boa essa entrevista que Jim Collins, o chamado substituto de Peter Drucker, concedeu a revista Exame. Uma reportagem anterior já nos introduz no assunto afirmando que organizações empresariais são muito parecidas com uma pessoa (uma organização biológica) em vários aspectos. Em um dos trechos Collins afirma: “uma empresa pode estar decadente e ainda parecer saudável. Encontramos cinco estágios de declínio. O fato de uma empresa possa passar pelos três primeiros sem aparentar que esta caindo foi uma surpresa para mim” (pg.36)

Em temos de Michael Jackson porque será que esta afirmação não nos assombra e nos parece tão atual. Afinal de contas Michael parecia “bem” em termos gerais! Os médicos não viam problema na rotina atribulada dele, mas seu advogado (sempre eles) disse em entrevista que disse a imprensa que a morte do cantor não era surpresa devido ao número de remédios, má alimentação e a intensidade de trabalho ao qual estava submetido. Para Collins estes “indícios” também podem ser apontados em organizações:

Elas caem porque tentam muito, em várias direções, inovam demais, buscam crescimento exagerado. As pessoas pensam que companhias de sucesso acabam se acomodando, se tornam preguiçosas e o mundo as atropela. É assim que as empresas medíocres somem, mas não as grandes. Você pode achar que está se protegendo ao ser muito agressivo e fazer muitas coisas ao mesmo tempo – e é isso justamente que pode matá-lo. (pg.36)

E realmente ele tem razão! É só você olhar para um recém formado super ativo: inglês, MBA, mestrado, doutorado, especialização, reuniões até mais tarde, ler tantos livros, artigos, atualizar-se etc. Ele quer fazer centenas de atividades ao mesmo tempo tal como o individuo que quer ser promovido rapidamente ou quer mostrar serviço para o chefe. A coisa chegou a tal ponto de “competitividade” que hoje um dos cursos mais procurados é “administração de tempo” que na realidade é indicio de falta de foco! O curso que estas pessoas deveriam procurar é administração de foco e metas e não administração de tempo! É o que Collins esta dizendo “é isso justamente que pode matá-lo!”. E mata em todos os aspectos da vida!

O stress e a depressão são uma praga do nosso tempo não por excesso de trabalho que nós temos, mas por falta de foco e delimitação de metas. Hoje temos liberdade de escolher de que forma vamos fazer nosso trabalho (ou onde escolher onde vamos fazer nosso trabalho), mas liberdade sem foco é escravidão! Nos entregamos como escravos voluntários a nossa incapacidade de focar no essencial: a vida.


2 comentários:

  1. Gostei do seu blog.

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  2. Obrigado Helena! Espero contar sempre com a sua presença aqui e nos Seminários da Radioblogtv! Abraços!

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