30 de set. de 2008

Resenha Resumo Gestão de Pessoas Chiavenato Capítulo III - Parte I: Planejamento Estratégico da Gestão de Pessoas – Parte I

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Este capítulo é crucial para a compreensão de uma organização moderna! Por isso vou dividi-lo em partes. Em geral as pessoas pensam que uma empresa é resultado de um contrato contábil e de um registro na prefeitura, mas não é assim: “as organizações não existem no vácuo. E nem funcionam ao acaso”. (p.49)

Uma organização tem um objetivo principal que não é a geração de lucro. A geração de lucro é conseqüência direta deste objetivo. Uma organização tem uma missão e o comprimento desta missão gera lucro. A Microsoft tem a missão de criar compatibilidade entre meu computador e o seu (sistema Windows) e ela é remunerada por isso (nós compramos e usamos os produtos dela), mas na medida em que esta missão começa a ruir (nós usamos mais a internet como sistema interativo do que o nosso HD) os lucros da Microsoft começam a ficar menores até o dia em que não vamos mais querer remunera-la por isso e ai vem a falência.
O objetivo de uma organização é prestar um serviço e ser remunerada por isso. Não é o contrário: ser remunerada porque presta um serviço. Esta frase é de Peter Drucker. Vou explicar: uma empresa oferece um produto para a sociedade e na medida em que a sociedade entende que esse produto é útil ela remunera este serviço ou produto. O exemplo da Microsoft revela bem isso. Não é porque ela criou o Windows que ela tem lucro, mas é porque nós entendemos que o Windows é útil para nós que a Microsoft tem lucro. A missão da Microsoft define o grau e a intensidade que ela tem lucro. Neste capítulo do livro Gestão de Pessoas do Chiavenato ele diz que uma empresa tem que responder a três questões para definir sua missão:

Quem somos nós? O que fazemos? E por que fazemos o que fazemos?

Quem somos nós é a pergunta chave. Quando a Microsoft foi criada todos que nela trabalhavam sabiam quem eram: eram os nerds que iriam levar o computador para as residências (criar sistemas fáceis e compatíveis para todos os leigos pudesse usar, pois até o Windows computador era coisa para especialistas e não para pessoas comuns). Eles se achavam revolucionários. E o que eles faziam: “faziam justiça social na medida em que queriam socializar o computador. Queriam levar o computador até as camadas “inferiores” da sociedade”. E por que fazemos isso: “porque acreditamos que a sociedade avançará muito mais rápido quando as pessoas tiverem acesso ao computador”. Essas perguntas estão estampadas no livro de Bill Gates chamado “Estrada para o futuro”. Era a missão da Microsoft: produzir igualdade digital
...

Mas, acontece que no meio da missão tinha um monte de dólares (no meio do caminho tinha uma pedra) e a missão da empresa se perdeu. Isso acontece muito no meio empresarial: “muitas organizações bem sucedidas estão continuamente atualizando e ampliando sua missão” (p.50). Isso não só para o bem, mas também para o mal. Em um determinado momento a missão da Microsoft passou a ser: vamos criar um padrão e um monopólio. Queremos ser portal do mundo digital. Todos terão que vir até nós e pagar para nós...

O Windows que era uma porta para a democracia digital se tornou um monopólio (ditadura) do mundo digital. Todos fomos “obrigados” a dar reverencia ao nosso Windows libertador (que se tornou um ditador). O monopólio corrompe, monopólio absoluto corrompe absolutamente. Na medida em que uma empresa é bem sucedida na criação de um produto (que é resultado de uma missão) ela tende a se apegar a ele e não largar mais. A Microsoft não quis abrir mão do Windows da mesma forma que a Ford não quis abrir mão do Ford T. Na medida em que ela ganha muito dinheiro com algo ela tende a acreditar que sempre vai ganhar dinheiro com este produto e vai barrar qualquer ação externa que diga o contrário: é a galinha dos ovos de ouro. Enquanto pode a Microsoft barrou toda a iniciativa que pudesse colocar o Windows em perigo até a chegada de um novo modelo de negócios: o Google.

Somente um novo modelo de negócios pode colocar em cheque a missão de uma empresa e levá-la a rever sua visão estratégica. A Microsoft hoje reconhece que sua missão (levar o computador a cada residência, levar o computador a cada cidadão) não é mais revolucionaria na medida em que as pessoas não querem só computador, mas querem acesso a internet. Elas querem não somente a máquina, mas querem o que ela pode proporcionar: conhecimento, informação, entretenimento, diversão etc. A visão de futuro da Microsoft (que era baseada em sua missão) foi para o vinagre. As pessoas não querem computador somente, elas querem internet. E neste sentido a visão do Google (organizar a informação da internet para o público leigo) é mais adequada e mais lucrativa. As pessoas vão estar mais predispostas a pagar por informação organizada do que por um sistema windows.

A visão de uma empresa deve estar em sintonia com a evolução da sociedade. Não adianta ser uma missão linda e bem intencionada se as pessoas não sentirem utilidade nela e para elas. Chiavenato dá exemplo da missão da Sony: “elevar a cultura japonesa e o status nacional”. Isso faz sentido para um japonês para não para mim. Eu não sou japonês. Se a Sony quer ser uma empresa global tem que ter uma missão global e não uma missão de japonês. A minha geração comprou produtos da Sony, mas geração atual compra Ipod. A minha geração queria mobilidade, mas a geração atual quer mobilidade e estilo...Não por acaso a Sony atravessa uma crise sem precedentes!

Os chamados “objetivos organizacionais” são dados pela conjugação entre missão e visão. A missão é o que somos e o que queremos fazer e a visão é o que podemos fazer diante do que nos é dado (ou será dado em um futuro próximo). Veja a missão da Apple era fazer os melhores produtos na área de computadores. Ela conseguiu, mas não conseguiu fazer sua visão de mundo prevalecer. As pessoas gostavam (e gostam) dos produtos da Apple, mas eles são muito caros. A Apple cresceu, mas não no ritmo que ela tinha de si mesmo: não no ritmo de sua visão.

Depois de idas e vindas ela conseguiu desenvolver sua missão e sua visão de mundo ligando se a internet. Agora a missão é clara: desenvolver os melhores produtos para o mundo digital. A visão de mundo da Apple hoje é uma visão de mundo em rede para pessoas da rede. A HP é uma boa marca, mas não é uma marca do mundo digital. A Apple é uma boa marca e uma marca do mundo digital. Ela desenvolveu produtos para o mundo digital dos quais os mais famosos são o Ipod e o Iphone. Estes são dois produtos essencialmente em rede! O Itunes é o centro nervoso deste novo sistema integrado e voltado para a rede da web. A Apple conseguiu sintetizar a cultura da rede e se prevalecer dela mesmo antes do Goolge fazê-lo.

Depois vou trabalhar o conceito de estratégia Organizacional na parte II desta resenha...Mas, para descontrair vou deixar vocês com esse vídeo muito legal que representa essa luta de missão e visão entre Microsoft e Google!
Como todos sabem um dos temas do meu Blog é Gestão de Pessoas. Entendo que este tema é fundamental tanto para a área de empreendedorismo e para corporações tanto quanto é importante para a área de educação e gestão educacional. Alias, a vanguarda destas ações deveria ser das escolas e universidades antes que das empresas e corporações multinacionais. Mas, enfim, vamos ao tema.

A cada semana foi publicar uma resenha-resumo do livro do Idalberto Chiavenato chamado "Gestão de Pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações". Esta semana vou começar com a Parte I que tem como título “Os novos desafios da Gestão de Pessoas”. Como vocês devem saber o livro do Chiavenato tem 455 páginas. Ou seja, é um calhamaço enorme! Hoje vou falar sobre o Capítulo I: “Introdução a moderna gestão de pessoas”.



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