Livro Vanguarda Pedagógica: o
legado do ginásio Israelita Brasileiro Scholem Aleichem
Sempre falamos sobre métodos
educacionais e sempre encontramos professores, diretores e educadores falando
como deveriam ser esses métodos. Mas, essa semana descobri que a melhor forma
de saber a eficácia destes métodos é saber das próprias “cobaias” (ou seja os
alunos) a eficácia destes métodos. E o melhor da brincadeira e saber destas “cobaias”
o resultado do método 30 anos depois deste mesmo método ter sido aplicado. Essa
é a história do livro “Vanguarda Pedagógica: o legado do ginásio Israelita
Brasileiro Scholem Aleichem”.
O livro é um relato dos alunos de
30 anos atrás. Eles relatando, da perspectiva de hoje, o que foi o processo de
aprendizagem e seus resultados. É simplesmente fantástico. Também constam do
livro relato de professores e colaboradores do colégio na época. Fora a
riquíssima historia cultural da comunidade judaica (com seus intensos e
intermináveis debates subjetivos a respeito da vida) temos ainda uma aula de
metodologia educacional comunitária, viva e humana. E melhor de tudo, tudo
relatado por quem viveu e respirou neste ginásio! Lindo, lindo, eis os melhores
trechos do livro que vão ser comentados um a um no áudio. Lembrando que o áudio
já vai estar disponível para os assinantes hoje!
A interdisciplinaridade
era um principio já naquela época. O currículo de historia era o pilar do qual decidíamos
as atividades das demais matérias. Se o tema era civilização do açúcar, a literatura,
a geografia, as artes associavam seus conteudos a proposta. 14
A cultura trazida pelos
ashkenazim dividia-se basicamente em três campos- musica literatura e teatro.
O importante não e aquilo
que o homem faz, mas aquilo que o homem faz com aquilo que fazem com ele, 51
É uma escola como essa
que nos permite reunir 15 a 20 alunos de um terceiro ano de ginásio com seus 12
13 anos e fazer com que eles se sentem durante uma semana ou duas e discutam as
virtudes do romance fogo morto,
Ah professor e aquelas
mulheres, coitadas. como elas sofrem não e. judiação. tudo louca. isso vem de crianças
de 12 anos que estão aprendendo a literatura não como obrigação, mas como vivencia,
como jogo se sobrevivência mesmo que elas não saibam disso e nem precisem saber.
e por isso que eu acredito na escola como projeto existencial, projeto vivencial
mais que pedagógico
Os educadores desta escola
sabiam que a arte humaniza. e que isso e um direito inalienável de todos os homens.
Outro trabalho marcante
foi o estudo do meio. era uma coisa maravilhosa, a gente estudava a cidade, o estado,
o pais, e viajava para alguns lugares com uma preparação anterior. todas as matérias
propunham algo para pesquisar e buscar naqueles lugares. minha turma fez uma viajem
para Bahia.
Nunca dei nota para nenhum
aluno. todos se auto avaliavam. sempre. cada um sabe o que, no que e quanto cresceu.
No Scholem a audácia era valorizada. a relação com as crianças era valorizada.
Com quem eu aprendi dar
aulas de arte? Com meus alunos com os olhinhos deles. meus chamados professores
da USP, França e Bahia não aprendi coisíssima nenhuma minimamente util. mas com
seus olhinhos de quero mais, com suspiros,com envolvimentos. Também aprendi com
o tédio, com o silencio com o descontentamento que foram pistas importantes
Assinantes ansiosos pelo Áudio! rs
ResponderExcluirAbraços
Rs. Obrigado pelo recado! Sim o áudio só precisa ser convertido em mp3! Amanhã depois do almoço já estará disponível para os assinantes! E tem mais ainda, nesta semana já vamos começar o envio dos áudios direto para o e-mail dos assinantes!
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