8 de mar. de 2013

Livro Vanguarda Pedagógica: o legado do ginásio Israelita Brasileiro Scholem Aleichem


Livro Vanguarda Pedagógica: o legado do ginásio Israelita Brasileiro Scholem Aleichem

Sempre falamos sobre métodos educacionais e sempre encontramos professores, diretores e educadores falando como deveriam ser esses métodos. Mas, essa semana descobri que a melhor forma de saber a eficácia destes métodos é saber das próprias “cobaias” (ou seja os alunos) a eficácia destes métodos. E o melhor da brincadeira e saber destas “cobaias” o resultado do método 30 anos depois deste mesmo método ter sido aplicado. Essa é a história do livro “Vanguarda Pedagógica: o legado do ginásio Israelita Brasileiro Scholem Aleichem”.

O livro é um relato dos alunos de 30 anos atrás. Eles relatando, da perspectiva de hoje, o que foi o processo de aprendizagem e seus resultados. É simplesmente fantástico. Também constam do livro relato de professores e colaboradores do colégio na época. Fora a riquíssima historia cultural da comunidade judaica (com seus intensos e intermináveis debates subjetivos a respeito da vida) temos ainda uma aula de metodologia educacional comunitária, viva e humana. E melhor de tudo, tudo relatado por quem viveu e respirou neste ginásio! Lindo, lindo, eis os melhores trechos do livro que vão ser comentados um a um no áudio. Lembrando que o áudio já vai estar disponível para os assinantes hoje! 



A interdisciplinaridade era um principio já naquela época. O currículo de historia era o pilar do qual decidíamos as atividades das demais matérias. Se o tema era civilização do açúcar, a literatura, a geografia, as artes associavam seus conteudos a proposta. 14

A cultura trazida pelos ashkenazim dividia-se basicamente em três campos- musica literatura e teatro.

O importante não e aquilo que o homem faz, mas aquilo que o homem faz com aquilo que fazem com ele, 51

É uma escola como essa que nos permite reunir 15 a 20 alunos de um terceiro ano de ginásio com seus 12 13 anos e fazer com que eles se sentem durante uma semana ou duas e discutam as virtudes do romance fogo morto,

Ah professor e aquelas mulheres, coitadas. como elas sofrem não e. judiação. tudo louca. isso vem de crianças de 12 anos que estão aprendendo a literatura não como obrigação, mas como vivencia, como jogo se sobrevivência mesmo que elas não saibam disso e nem precisem saber. e por isso que eu acredito na escola como projeto existencial, projeto vivencial mais que pedagógico

Os educadores desta escola sabiam que a arte humaniza. e que isso e um direito inalienável de todos os homens.

Outro trabalho marcante foi o estudo do meio. era uma coisa maravilhosa, a gente estudava a cidade, o estado, o pais, e viajava para alguns lugares com uma preparação anterior. todas as matérias propunham algo para pesquisar e buscar naqueles lugares. minha turma fez uma viajem para Bahia.
  
Nunca dei nota para nenhum aluno. todos se auto avaliavam. sempre. cada um sabe o que, no que e quanto cresceu. No Scholem a audácia era valorizada. a relação com as crianças era valorizada.

Com quem eu aprendi dar aulas de arte? Com meus alunos com os olhinhos deles. meus chamados professores da USP, França e Bahia não aprendi coisíssima nenhuma minimamente util. mas com seus olhinhos de quero mais, com suspiros,com envolvimentos. Também aprendi com o tédio, com o silencio com o descontentamento que foram pistas importantes



2 comentários:

  1. Assinantes ansiosos pelo Áudio! rs
    Abraços

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  2. Rs. Obrigado pelo recado! Sim o áudio só precisa ser convertido em mp3! Amanhã depois do almoço já estará disponível para os assinantes! E tem mais ainda, nesta semana já vamos começar o envio dos áudios direto para o e-mail dos assinantes!

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