TGA 003 – As Habilidades necessárias
ao bom desempenho de uma atividade profissional no mundo corporativo e no mundo
como um todo...
O rápido desenvolvimento do comércio
mundial (globalização) e a intensa convergência dos processos administrativos (organizações
pós-capitalistas) tem levado as atividades profissionais a um novo nível da definição
do termo “competência”. Nos tempos da “firma” ou “empresa” bastava que o profissional
desse conta única e exclusivamente da atividade profissional que lhe fora
atribuída para se considerar um “exímio trabalhador”.
No entanto, a crescente
influência da informática e da interne tem levado as organizações a um novo
nível de desempenho o que é ainda mais acelerado pelo nível de competitividade
entre essas organizações. Com base neste contexto é que o
conceito de “competência” tem mudado. Para ser competente hoje, profissionalmente
falando, é preciso reunir um conjunto de habilidades (habilidades é diferente
de conhecimento, vamos ver já) mínimo para poder competir por um lugar ao sol.
Em seu livro Idalbeto Chiavenato enumera três habilidades centrais: habilidades
técnicas, habilidades humanas e habilidades conceituais.
As habilidades técnicas, como o
próprio nome sugere, se referem ao conhecimento direto sobre um determinado
assunto. Conhecimento se refere a competência básica para exercer uma
determinada atividade. Por exemplo: dirigir é uma habilidade técnica. Assim que
você tira sua carteira de motorista você esta tecnicamente (habilidade técnica)
autorizado a exercer essa atividade. Todos sabemos a distância que existe entre
um recém habilitado (adquiriu o direto de exercer tecnicamente o ofício de
motorista) e um motorista experiente. Agora qual seria a distância entre um
recém habilitado e um piloto de formula 1? Ambos são tecnicamente competentes?
Habilidades Humanas são as
habilidades que se somam as habilidades técnicas. Se somam porque são elas que vão
aumentar a sua competência em exercer sua habilidade técnica. As habilidades
humanas, como o próprio nome diz, envolvem a capacidade de
trabalhar em equipe,
capacidade interpessoal, empatia, resolução de conflitos, interação e cooperação
dentre outras. Quando voltamos ao nosso caso do “recém habilitado” (com certificado
que atesta sua habilidade técnica para dirigir) vemos o quanto parte de seu
aprendizado tem a ver com “os outros”. Sim, um recém habilitado e tem que aprender
a trabalhar em equipe (ele vai dirigir no transito urbano) e por isso tem que
levar em conta “os outros”. Ele tem que ter capacidade interpessoal (dar aquele
sorriso ou aquela buzinada ante de pedir passagem para entrar em via principal),
empatia (dar passagem para outros), resolução de conflitos (pedir desculpas em
situação de conflito ou apaziguar situações potencialmente conflitantes), interação
(não fechar cruzamentos), cooperação (deixar fluir e não gerar conflitos) etc.
Com esse simples exemplo vemos como as habilidades humanas podem fazer um bom
ou um mal motorista. Mas, para essa ser uma prática constante na vida deste
recém habilitado (e não somente quando ele esta de bom humor e no dia que esta
de mal humor ter uma prática contrária a essa) ele precisa enxergar a vida de
forma clara. Dai vem as habilidades conceituais...
Habilidades conceituais são
aquelas voltadas a maneira como as pessoas enxergam o mundo. Sim, a maneira
especial e única que ela enxerga todo o conjunto de relações entre as
habilidades técnicas (certificados e diplomas – fixo, mutável apenas por mais diplomas)
e as habilidades humanas (conjunto de aprendizado pessoal – fluidez, mutável a
toda vez
que a pessoa se questiona dos resultados que alcança na vida
cotidiana). É a partir das habilidades conceituais que as pessoas desenvolvem o
aprendizado. Simplesmente avaliando o “que deu certo” e o “que deu errado”
somando e dividindo e vendo o “saldo” desta equação. Quanto mais observa mais
ele aprende a “fazer as contas” entendendo o verdadeiro significado da frase “uma
pessoa inteligente aprende com seus próprios erros, uma pessoa sábia aprende
com os erros dos outros”. No texto o próprio Chiavenato atesta a importância
desta habilidade no mundo dos negócios:
“A combinação dessas habilidades
é importante para o administrador. Na medida em que sobre para os níveis mais
elevados da organização, diminui a necessidade de habilidades técnicas, enquanto
aumenta a necessidade de habilidades conceituais. Os níveis inferiores requerem
considerável habilidade técnica dos supervisores para lidar com problemas operacionais
concretos e cotidianos da organização” (Idalberto Chiavenato pag 4 - Teoria Geral da Administração)
Quanto mais se sobe mais se querer
habilidades conceituais justamente porque “as habilidades conceituais são relacionadas
com o pensar, com o raciocinar, com o diagnóstico de situações e com a formulação
de alternativa para solução dos problemas. Representam as capacidades cognitivas
mais sofisticadas do administrador que lhe permitem planejar o futuro,
interpretar a missão, desenvolver a visão e perceber oportunidades onde ninguém
enxerga nada” (Idalberto Chiavenato pag3 - Teoria Geral da Administração).
Nada disso se faz se congregar
habilidades técnicas (expertise), habilidades humanas (conjunto de pessoas) e
habilidades conceituais (visão de mundo, visão de futuro)...
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