6 de ago. de 2008

Palestra na First Data: palestra sobre gestão de pessoas e mudança organizacional

Esta foi uma das palestras que fui convidado a ministrar em uma empresa aqui de São Paulo. Esta é uma empresa de equipamentos de cobrança e cartão. De fato, ela é uma empresa norte-americana que comprou (processo de fusão) uma empresa nacional e agora estava fazendo a junção de processos operacionais.

Mais um daqueles casos de mudança que havia noticiado em um artigo anterior. O número de fusões no Brasil cresceu 82% de 2006 para 2007. Números incríveis e alarmantes para os que trabalham com gestão de pessoas. Isto porque eles é que tem o desafio de fazer de duas culturais organizacionais uma só cultura. Ou no processo de absorção (quando a cultura da empresa maior se sobrepõe a da empresa adquirida) ou de inovação (com a fusão cria-se uma nova cultura de trabalho para dar conta da nova demanda de mercado).

De um jeito ou de outro a gestão de pessoas e o RH vão ter que agir! É nestas horas que os MBAs e os cursos de Educação Corporativas que as empresas bancam vão se mostrar um bom ou mal investimento! Bom e ai fui eu falar para um conjunto de diretores, gerentes e para o presidente da Empresa. Foi a primeira vez que fui palestrar diretamente para um presidente. Até então lidava com gerentes e diretores. Mas, foi tranqüilo. Tenho que agradecer muito a Márcia Silva que foi o contato para a realização desta palestra.

É preciso muita coragem para levar um Geógrafo para dar uma palestra sobre Mudança Organizacional! Ela confiou e o resultado foi muito bom! O presidente da empresa gostou muito da simplicidade e do foco do trabalho e ela ganhou seus merecidos reconhecimentos em encontrar os processos certos! Rs. Agora falemos sobre a palestra! Eu usei o desenho Era do Gelo II para ilustrar o ponto no qual queria chegar! O vídeo abaixo é resultado dos powerpoints apresentados na palestra!


O primeiro desafio foi levar os gerentes e diretores entenderem que uma organização não é um conjunto de pessoas que trabalha no mesmo espaço físico. Isso é uma fábrica. E muito menos é um conjunto de pessoas que tem um objetivo em comum porque isso é uma empresa que trabalha de forma organizada. Agora uma organização mesmo ela não somente tem um objetivo em comum, mas atua de forma conjunta em busca deste objetivo. Eis a grande diferença do nosso século em termos de inovação gerencial.

A necessidade de atender nichos de mercado específicos em lugares distantes e com culturas diferentes levou o conceito de trabalho em equipe ao ápice da cadeia gerencial. Mas, ele ainda não é bem compreendido e muito menos posto em prática, porque as empresas não tem tempo de aprender. Elas apenas se focam no trabalho. Peter Drucker disse que em curto prazo as organizações se tornaram lugares de aprendizado muito mais dinâmicos do que as próprias universidades corporativas.

Muitos gerentes e diretores ainda confundem motivação com Gestão de Pessoas. Eles ficam preocupados em motivar ao invés de estarem focados em criar um ambiente de aprendizado dinâmico que gere inovações. Na palestra ressaltei bem a importância da criação de um ambiente de aprendizagem efetivo. Devemos chamar os funcionários e perguntar: olha você sabe qual o nosso negócio? Sabe o que vendemos? Sabe para quem queremos vender? Sabe quem são nossos concorrentes hoje? Sabem quem serão nossos concorrentes no futuro? Sabe o que nos falta fazer para sermos mais competitivos?

Mas, não é buscar respostas para estas questões (se elas vierem melhor!rs), mas é colocar essas questões para servir de eixo mobilizador do processo de aprendizagem da organização! Pensar em equipe é isso! Pensar de forma conjunta (desde o vendedor, a recepcionista até o presidente) e continuamente sabendo que há um espaço aberto para o compartilhamento da informação gerada. Jack Welch dizia que a informação deveria circular na empresa! Era uma obrigação de todos!

Se um gerente chegasse com uma nova idéia na reunião ele logo perguntava: você falou desta idéia para quantas pessoas? Você disseminou ela pela empresa? Você gritou pelos corredores? Eu devo ser o último a saber! Era assim que Jack tratava idéias novas! Ai deste gerente se estivesse guardando a idéia para a reunião a fim de contar primeiramente para o chefe (e o medo de ter a idéia roubada). A palestra seguiu neste sentido! Focado na execução não temos como ficar guardando idéias e criando disputas. O aprimoramento do processo é mais importante do que o objetivo em si! O foco da GE mudou de produtos para serviços, mas o ganho de aprendizagem de 20 anos esta dinâmico como nunca!

2 comentários:

  1. Muito bom o texto Ubiratan, o pessoal da First Data teve uma palestra de um geógrafo mas com a qualidade de um palestrante da HSM que cobra 20 mil dólares...

    Estou escrevendo um artigo sobre isso , mais ou menos, que se chama "Gestão de Pessoas é diferente de Fazer Festa".

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  2. Beleza Diego! Eu preciso postar a palestra e as fotos aqui no Blog, mas ficou no pendrive da minha esposa.

    Muitos que estão sendo cobrados agora pela questão da Gestão de Pessoas tem confundido esta proposta com Motivação de Pessoas. É muito diferente!

    Não é a toa que eles agora chamam o RH de RH estratégico. Dentro desta nova proposta de Gestão é preciso estar acoplado com a estratégia (com o business, com core business como vc gosta de dizer...rs) da empresa.

    Vou postar sobre a Natura hoje! Este é case heim! rs

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