Criatividade Intensa versus Aplicação Persistente: você é um Mozart ou um Beethoven

Criatividade Intensa versus Aplicação Persistente: você é um Mozart ou um Beethoven

O tema da criatividade é polêmico e em alguns casos chega a ser preconceituoso. Muitos afirmam que as pessoas nascem com criatividade e o seu desenvolvimento é algo natural. Pessoas que não nascem “assim” (criativas) não tem como desenvolverem criatividade e o seu destino é “copiar” ou “transcrever” obras de pessoas criativas. Essa idéia é um determinismo genético ou cultural? Não sei, mas que é um determinismo é. Na matéria “Pense Pequeno” da Revista Época tem um trecho esclarecedor a respeito do tema. Acompanhe o texto e depois o áudio:

“De acordo com Robert Root-Bernstein, professor de fisiologia da Universidade de Michigan e pesquisador do tema criatividade, o mito diz mais ou menos o seguinte: algumas pessoas nasceram com talento tão tremendo que a obra sai pronta de sua cabeça, como mágica de uma só vez. O exemplo mais citado é o do compositor Mozart. O capricho de suas partituras supõe que ele escreveu suas sinfonias de uma única vez, num ato de inspiração. Como contra exemplo ao mito de Mozart, mostro aos alunos a criatividade de Beethoven. Beethoven trabalhava lentamente. Enquanto Mozart gastava dias ou semanas em uma única obra. Beethoven gastava meses ou anos. Mozart compôs suas três grandes sinfonias em seis semanas no verão de 1788. Beethoven levou pelo menos três anos, aprimorando e reescrevendo, antes de achar seu Opus I, um conjunto de três trios para piano, estava pronto para publicação. Ele trazia suas idéias na cabeça por um longo tempo e depois trabalhava para colocá-las no papel. Seus rascunhos revelavam que ele refinava e refinava novamente, mudando nota a nota cada fraseado até que adquirisse a qualidade que hoje conhecemos como beethoviana" - Revista Época Negócios, pag 99.

Vamos discutir esses dois temas na palestra que esta disponível em áudio.

Ouça o podcast mp3