2 de jul. de 2009

Gestão de Pessoas na Escola: o sistema universitário valoriza o estudante pela sua capacidade de aceitação e não pela sua capacidade de adequação

O sistema universitário valoriza o estudante pela sua capacidade de aceitação e não pela sua capacidade de adequação ! Qualquer universitário sabe disso! Um bom estudante universitário, na ótica do sistema, é aquele que reproduz cabalmente as idéias do professor! Esse tira nota 10! Agora o que discorda um pouco tira menos, o que discorda mais tira menos e o que não concorda vai sofrer na mão do professor! Ken Robinson faz piada dos professores universitários e suas concepções de mundo extremamente centralizadas em suas próprias concepções de mundo!



A idéia de estudar para arrumar um emprego é extremamente arriscada afirma o autor justamente porque não sabemos como vai ser o mundo daqui 5 anos que dirá daqui a 15 que é a idade média quando os alunos estarão entrando no mercado de trabalho! Ensinar uma criança com base nesta concepção de mundo futuro é loucura afirma o autor. O que temos que fazer é treinar habilidades que possam ser utilizadas em atividades produtivas: criatividade, trabalho em equipe, percepção, entusiasmo, liderança etc. Não ficar focando em elementos básicos para o trabalho industrial: obediência, disciplina, aceitação, conveniência etc.


O sistema mostra suas fragilidades quando há cada vez mais exigência de diplomas e certificados o que ele chama de “inflação acadêmica”. Eu me formo vejo que falta muito e ai vou faço a segunda faculdade, vejo que falta ainda e faço pós-graduação, e vejo que ainda falta faço doutorado e vejo que ainda falta e faço pó-doutorado etc. E fora os MBAs da vida! E ai vai! É o que ele chama de “inflação acadêmica”. Ele nos leva a pensar sobre o que realmente são os pilares da inteligência! Não são estes que estão postos ai, porque se fosse não precisaríamos de mais anos na escola: doutorado, mestrado, pós etc.


Os pilares da inteligência e de uma educação realmente produtiva são: diversidade, dinâmica e distinção. Diversidade: pensamos em muitas coisas ao mesmo tempo misturando tudo e não como no mundo acadêmico separando categorias: geografia, história, sociologia, matemática, biologia. Não pensamos assim e, conseguentemente, não conseguimos produzir coisas assim tão quadradinhas a não ser que estejamos de olho em uma bolsa de mestrado ou doutorado. A dinâmica: além de pensarmos em coisas diferentes queremos agir de maneira não-linear. Queremos fazer doutorado e cuidar de flores no jardim, ler Dostoievski e assistir o Ronaldo fenômeno jogar, casar e ter crianças pulando na cama e ao mesmo tempo participar de conferencias de física nuclear.


E o terceiro distinção: a distinção diz respeito a maneira única como pensamos (diversidade) , a maneira única como agimos (dinâmica) que convergem em uma coisa chamada talento. Talento é essa capacidade de temos de pensar diferente, agir diferente e nos inserir produtivamente nesta sociedade através de um produto, serviço ou algo que os outros nos digam: puxa isso é legal! Eu quero comprar, eu quero assistir, eu quero fazer também. Isso é talento! Isso é empreendedorismo também! Mas, também é gestão de pessoas? Sim, isso é a dinâmica maravilhosa do ser humano que ainda sob uma pilha de burocracias e normas criadas por pessoas que não tinham encontrado seu talento ainda...rs



Ele cita o exemplo de como Gillian Lynne, coreografa que desenvolveu o musical “Cats” e o “Fantasma da Ópera”. São musicais famosos, consagrados e que tornaram Gillian multimilionária! E vocês sabiam que ela foi parar em uma escola de dança porque foi considerada inapta pela escola! Isso mesmo! Ela era burra e não poderia ficar na escola dizia uma diretora! RS. Precisamos rever nossos conceitos sobre educação! Assista o vídeo da palestra:

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