3 de out. de 2008

Projeto Pibic Parte II - Redes Sociais e Tecnologias de Informação: pensar globalmente agir localmente

O processo de globalização é essencialmente um processo que envolve fluxos. Fluxos de mercadorias, fluxos de informação, fluxo de pessoas e fluxo de consumidores e tendências. As redes são os locais no quais os fluxos circulam. Quanto mais fluxo e mais intenso este fluxo mais lucro é gerado! Ai esta o papel da Logístico como elemento fundamental desta nova era de fluxos! As novas tecnologias ampliaram as redes e, consequentemente, criaram uma nova dinâmica de fluxos nas sociedades contemporâneas daí serem elas o novo motor da economia global: “as redes de organizações sociais não dependem das infovias para existir. Tais recursos, entretanto, potencializam essas redes” (Mance, 1999, p.24).

Para agir no território de maneira eficaz é preciso agir através de uma rede com o intuito de criar um conjunto de fluxos contínuos. A esmagadora maioria das Universidades age de forma vertical (sistemas de informação impessoais, propaganda de massa, marketing mix ), no entanto algumas tem buscado agir e se instalar no território de forma horizontal (sistemas de redes sociais, redes comunitárias) e tem conseguido relativo sucesso em termos de retorno do investimento aplicado.


Segundo Cassino (2008), em entrevista a Revista Ensino Superior, a prática
de desenvolver ações horizontais através de comunidades locais já estabelecidas (associação de moradores, comunidades, jornais de bairro etc) tem se mostrado produtiva na captação de alunos.: “Panfletando de porta em porta ou no carro de som, líderes comunitários se tornam parceiros na divulgação de projetos sociais. As instituições de ensino superior estão dentro do mesmo panorama: investem cada vez mais recursos, tecnologia e capacidade humana na área . Através da criação de redes sociais muitas Universidades tem gerado fluxo de alunos para os seus campus. A Faculdade Pitágoras age horizontalmente praticando marketing direto criando redes através de seus próprios alunos remunerando-os diretamente por isso.
A Faculdade Pitágoras está praticando o melhor receituário dos manuais de marketing: consegue abordar os clientes potenciais individualmente e a propaganda é feita pelos seus próprios alunos. Os cálculos do diretor de Marketing, Rodrigo Lapertosa, demonstram a eficácia da estratégia: ´pelo menos 80 % dos visitantes tentam o vestibular no Pitágoras e metade dos atuais alunos escolheram nossa escola depois de nos conhecer por dentro´. Tradicional anunciante dos veículos de massa, a Faculdade Pitágoras investe percentuais cada vez maiores da verba de marketing nesse contato direto, com uma tendência de redução na mídia convencional. Todos são contratados e remunerados como estagiários, têm metas e recebem bônus nas mensalidades sobre o desempenho, ou seja, sobre o número de alunos matriculados. Muito mais do que simplesmente disponibilizar as escolas para visitas e apenas sugerir confiança na qualidade dos cursos, nós trabalhamos para que o aluno de fato venha, para que ele tenha certeza dessa qualidade ´,
A Faculdade Pitágoras criou fluxos de alunos para seu campus através de redes sociais promovidas pelos seus próprios alunos. Os investimentos em ações hori
zontais (marketing direto: veículos locais e pessoais) se mostram como investimentos mais promissores do que os investimentos em ações verticais (marketing de massa: veículos de massa impessoais). Segundo Carlos Monteiro, as Universidades que mais obtiveram sucesso em seus investimentos em marketing foram as que conseguiram conjugar cultura local com tecnologias de informação: “as escolas que têm obtido sucesso em suas estratégias de marketing partiram para mídias alternativas, como internet e patrocínios” .

Segundo Castells (2
008), a internet hoje figura como base central de expansão de qualquer tipo de rede (e de fluxos) na sociedade contemporânea: “a influência das redes baseadas na Internet vai além do número de seus usuários: diz respeito a qualidade de uso” (Castells, 2008, p.8). Muitas universidades estão inovando usando a conjugação destes fatores para captar mais alunos para os seus respectivos campus.

A compreensão destes fatores geográficos ligados a rede e novas tecnologias proporcionou a direção da Universidade Vila Velha a capacidade de traçar estratégias que combinassem os sistemas técnicos informacionais com ações horizontais levando assim a Universidade a ter grandes fluxos de alunos para o seu campus. O Centro Educacional Vila Velha, que tem seus alunos concentrados nas faixas mais jovens, resolveu investir numa linguagem de comunicação mais próxima deste público, privilegiado o uso da internet. Segundo Cabral os resultados foram excelentes. "Há três anos quando começamos a focar o marketing no publico jovem tínhamos cerca de 3 a 4 mil candidatos no vestibular, hoje são 18 mil e 85% das inscrições são feitas via Web"


As tecnologias de informação são as bases técnicas da criação das redes globais, no entanto elas somente se tornam eficazes quando instaladas na região através das horizontalidades: “as redes são técnicas, mas também são sociais. Elas são materiais, mas também são viventes” (Santos, 1995, p.221). A estratégia do Centro Educacional Vila Velha de promover ações locais (patrocínio) e promover uma rede técnica de acesso a universidade quintuplicou o número de alunos de sua rede. Este é o efeito da combinação entre sistemas técnicos informacionais como a internet e redes sociais baseadas em relações horizontais.

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