Podcast 08 EDU – PBPF – Pais
devem se portar como navegadores e não como guardas de transito no que se
refere a orientação educacional dos filhos
"Bons pais corrigem falhas, pais
brilhantes ensinam os filhos a pensar. Entre corrigir erros e ensinar a pensar
existem mais mistérios do que imagina nossa vã psicologia. Não seja um perito
em criticar comportamentos inadequados, seja um perito em fazer seus filhos
refletirem. As velhas broncas e os conhecidos sermões definitivamente não funcionam,
só desgastam a relação. Quando você abre a boca para repetir as mesmas coisas,
detona um gatilho inconsciente que abre determinados arquivos da memória que
contêm as velhas críticas. Seus filhos já saberão tudo o que você vai dizer.
Eles se armarão e se defenderão. Conseqüentemente, o que você disser não ecoará
dentro deles, não gerará um momento educacional. Este processo é inconsciente."
A relação de pais e filhos é
permeada por potenciais conflitos. Estamos sempre a beira de uma ruptura
conceitual (não emotiva, mas sim de ideias e conceitos) que se não trabalhada
de maneira correta pode levar sim a uma ruptura afetiva (como acontece em
muitos casos). Temos a tarefa de orientar e corrigir comportamentos, mas muitos
pais falam tais palavras, mas na prática realizam constatação e sermonização do
problema. A palavra é nova, mas a prática é antiga. Constato o mau
comportamento do melhor filho e faço uma dissertação de doutorado sobre o
evento (para constatar). Depois de tê-lo convencido do fato elaboro um
pós-doutorado sobre o tema em questão (para justificar a constatação). É redundância
pura. Muitos pais gostam disso, aumenta a auto-estima. Infla o ego. Nós dá uma
idéia de superioridade, mas é uma falsa idéia.
O objetivo não deve ser o de “ter
razão”, mas sim o de “orientar” para o caminho certo. Daí precisamos falar
sobre como chegamos ao ponto do “erro” e como “não chegar” a esse ponto
novamente. Isso é ensinar a pensar sobre as causas e consequências dos nossos
erros. Alguns filhos tem mais facilidade de reconhecer as causas, mas não sabem
medir as consequências. Outros medem as consequências, mas não sabem lidar com
as causas. E também varia de caso para caso, varia de intensidade e de circunstancias
etc. O importante é sabermos pensar junto com eles seja nas suas fraquezas seja
nas suas qualidades. É auxiliar na navegação e não multar com rigor...
Vamos falar mais sobre isso no
podcast...
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